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Jun

Indicadores Múltiplos e de Saúde revelam queda da taxa de malnutrição na Huíla

Lubango - A taxa de malnutrição aguda na província da Huíla caiu de seis por cento, em 2015-2016, para quatro, em 2023-2024, em crianças menores de cinco anos, segundo o Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS).

A malnutrição aguda é uma forma grave da doença, caracterizada por uma rápida deterioração do estado nutricional, geralmente causada por ingestão alimentar insuficiente ou doenças infecciosas, especialmente diarreia. E diferente da desnutrição crónica que afecta o crescimento e o desenvolvimento a longo prazo.

O número de pessoas malnutridas no mundo, segundo o relatório sobre o estado da segurança alimentar e nutricional do mundo, em 2023, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), aumenta desde 2014, revelando que 735 milhões de pessoas, ou seja, 9,2% da população mundial estava desnutrida, representando um aumento de 122 milhões de humanos, em comparação a 2019.

Nos indicadores da Hulla, província com mais de três milhões de habitantes, divulgados hoje, terça-feira, há o registo do aumento da taxa de malnutrição crónica infantil, de 44 para 47 por cento no período em referência e no mesmo grupo-alvo, assim como a taxa de pessoas acima do peso, de 21 para 25 por cento, quando, em relação ao baixo peso, decresceu de quatro para três pontos percentuais.

Quanto aos dados nacionais, o Inquérito revela que a taxa de malnutrição crónica subiu de 38 para 40 por cento, a de baixo peso, de 19 para 21por cento, ao passo que a aguda e a de pessoas acima do peso mantiveram-se em cinco e três por cento, respectivamente.

O IIMS sinaliza que a percentagem de crianças com malnutrição crónica é maior na área rural, enquanto a aguda tem maior registo nas cidades, ao passo que a incidência de crianças com a doença é mais ela em mães que nunca frequentaram a escola.

Ao fazer a apresentação pública do estudo, particularizando a Huíla, o chefe de departamento dos cuidados primários de Saúde da Direcção Nacional de Saúde Pública, Keta Francisco, disse tratar-se de um inquérito que não faz deduções, pois são dados que vão ser entregues ao Governo para uma melhor actuação nos seus programas sociais.